O Primeiro Jornal
O primeiro informativo que se tem notícia foi criado durante o império de Júlio César, por volta de 59 a.C. em Roma e foi denominado Acta Diurna.
A intenção do imperador era transmitir ao povo os acontecimentos sociais e políticos, além de divulgar eventos, campanhas militares, julgamentos e outras notícias consideradas relevantes.
Ele era escrito em grandes placas brancas e exposto em locais de grande concentração de pessoas.
A Origem da Imprensa
Séculos mais tarde, o alemão Johannes Gutenberg mudou completamente a história das mídias ao desenvolver, em 1447, uma máquina para a acelerar a produção de livros, que anteriormente eram todos redigidos manualmente.
Essa invenção ficou conhecida como Prensa Móvel e contribuiu grandiosamente com os avanços da sociedade, dando os primeiros ares de mudança após séculos de escuridão na idade média.
A produção com mais rapidez e em maior quantidade contribuiu para que livros de grande relevância na história da humanidade, como a Bíblia, fossem finalmente entregues para a população letrada. Esse movimento deu origem, em 1517, à reforma protestante, encabeçada por Martinho Lutero, dando fim ao longo domínio da Igreja Católica no território europeu.
Alguns anos mais tarde Martinho Lutero traduziu a Bíblia para a língua alemã. Com a bíblia finalmente traduzida para uma língua de fácil acesso (diferente do latim), a demanda por sua leitura se tornou insustentável, contribuindo para a evolução da Prensa Móvel. As produções ficaram mais rápidas, eficientes e com maior qualidade.
Os Primeiros Jornais Impressos
Durante essa mesma época começaram a aparecer os primeiros informativos impressos. Eles eram destinados à classe média em ascensão, representada pelos comerciantes, e ficaram conhecidos por transmitir notícias sobre o mercado, que muitas vezes era com cunho sensacionalista, no entanto esses boletins informativos não eram periódicos.
Os primeiros periódicos surgiram na Europa Ocidental, na Alemanha (que publicou o Avisa Relation oder Zeitung em 1609), na França (Gazette em 1631), Bélgica (Nieuwe Tijdingen em 1616) e Inglaterra (o London Gazette, fundado em 1665, ainda hoje publicado como diário oficial do Judiciário).
A Imprensa no Brasil
O Brasil foi o país (na época colônia) latino-americano que mais tarde teve seu primeiro periódico. Isso se deve por conta de, em 1706 foi terminantemente proibido a produção e circulação de impressos no país. Nessa proibição eram incluídos jornais, boletins informativos e livros.
Em 1808 o decreto que proibia as impressões no Brasil é derrubado por Dom João VI autorizando a primeira tipografia a funcionar no país. Entretanto, a princípio ela serviria apenas para que, em suas palavras, “se imprimam exclusivamente toda a legislação e papéis diplomáticos que emanarem de qualquer repartição do meu real serviço, e se possam imprimir todas e quaisquer obras, ficando inteiramente pertencendo seu governo e administração à mesma Secretaria”.
Meses depois são oficializados os dois primeiros periódicos brasileiros: o Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro. Contudo, não existia nenhuma liberdade de imprensa, e a censura era incisiva.
Em 1812 é lançada a primeira revista no Brasil, denominada As Variedades ou Ensaios de Literatura. Outras, posteriormente surgiram e se tornaram parte do dia-a-dia do brasileiro.
Apenas em 1821 as restrições à imprensa finalmente foram reduzidas, em meio ao processo pré-independência do Brasil.
Em 1827 é introduzido na mídia impressa as primeiras revistas segmentadas do Brasil e se consolidaram ainda mais como alternativa aos jornais.
O Telégrafo
Em 1844, Claude Chappe inventou o telégrafo, um equipamento capaz de transmitir mensagens de um ponto para outro em grandes distâncias. A invenção foi aperfeiçoada posteriormente por Samuel Morse e Guglielmo Marconi.
A criação do telégrafo revolucionou a imprensa, com mensagens sendo transmitidas de forma rápida (visto que, anteriormente as informações eram passadas através de mensageiros de lugares longínquos) e as notícias ficaram cada vez mais completas e concretas. Os jornais se tornaram cada vez mais necessários em mundo já mais globalizado.
Os Grandes Jornais Brasileiros
Com as informações cada vez mais fresquinhas e necessárias, começam a aparecer no país (agora já independente de Portugal) os grandes periódicos, alguns dos quais perduram até hoje no país, entre eles: A Província de São Paulo (Atualmente ‘O Estado de São Paulo’), A Tribuna, O Fluminense e O Correio do Povo.
O Rádio
A invenção do rádio é atribuída a diversos intelectuais, em 1860 James Maxwell descobriu a existência das ondas de rádio, no entanto não existe um consenso quanto ao inventor da radiodifusão, esta atribuída a Guglielmo Marconi e Nikola Tesla (Marconi desenvolveu o radiodifusor utilizando mais de 20 invenções patenteadas por Tesla, este último, por conta disso reivindicou a invenção para si e, em 1943, foi considerado o verdadeiro inventor do rádio), que em 1895 fez a primeira transmissão de rádio.
O Brasil, de forma paralela também participou do desenvolvimento do rádio, em 1893, o Padre Roberto Landell de Moura realizou transmissões por radiodifusão, no entanto nunca foi reconhecido como inventor oficial.
Num primeiro momento o rádio não realizava transmissões por voz, e foi utilizado oficialmente para a comunicação entre navios e estações em terra através de código Morse.
Durante a Primeira Guerra Mundial a invenção foi aperfeiçoada, no entanto, apenas três anos após o fim da guerra, em 1921, a transmissão por voz foi oficialmente introduzida.
As Primeiras Rádios Brasileiras
Diferente da prensa, o Brasil rapidamente incorporou em suas mídias oficiais o rádio. Um ano depois da primeira transmissão por voz, em 1922 foi realizada a primeira transmissão no Brasil, em comemoração ao centenário da independência da república no dia 7 de setembro.
Meses depois, em abril de 1923 é fundada a primeira rádio do país: Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. No mesmo ano foram fundadas outras rádios e a cultura do rádio logo se espalhou pelo país.
A Primeira Renovação da Imprensa Brasileira
Por alguns anos o rádio limitou-se a transmitir apenas conteúdos de entretenimento, porém, estando em absoluta ascensão, os jornais e revistas brasileiros se viram ameaçados. Os editores partiram então para formatos e conteúdos mais elaborados, com maior volume de textos e melhores coberturas de notícias.
Os principais jornais brasileiros começaram a introduzir máquinas de escrever em seus escritórios, facilitando na produção de notícias da redação.
As revistas inovam com a inserção de fotos em suas reportagens, além de conteúdos complexos, extremamente bem elaborados e solidificados.
Essa mudança agregou grandiosamente em qualidade nos conteúdos produzidos pela imprensa brasileira, os impressos cresceram e sobreviveram ao rádio.
A Consolidação do Rádio
Em 1938 o Brasil inteiro parou para ouvir, através do rádio, a Copa do Mundo de Futebol. As rádios brasileiras se tornaram importantíssimas na transmissão de informação em tempo real. Nos anos seguintes foram acompanhadas na difusão de notícias relacionas à Segunda Guerra Mundial.
A Televisão
Desde 1840 diversos cientistas começaram a estudar a possibilidade de transmitir imagens em grandes distâncias. Quase 80 anos depois, em 1920 John L. Baird finalmente conseguiu o feito. Juntamente com a evolução das câmeras e do cinema, a televisão foi se desenvolvendo para ter uma maior viabilidade comercial, até que em 1923 foi produzido o primeiro televisor em escala industrial.
Na década de 1930 foi aprimorado e em 1935 a Alemanha Nazista foi responsável pela primeira transmissão televisiva. Pouco tempo se passou até que os franceses e os britânicos partissem para o novo ramo que surgia como alternativa de mídia.
A Primeira Emissora de Televisão do Brasil
Em 1950 a televisão finalmente chegou ao Brasil. Foi fundada a Rede Tupi (hoje extinta). Naquele ano o país possuía por volta de 200 aparelhos importados dos EUA. Em apenas 6 anos o Brasil já contava com mais de 1 milhão de aparelhos e rapidamente a televisão ganhou um espaço na casa dos brasileiros.
A primeira transmissão colorida no Brasil, no entanto, só foi feita em 1972. Com a melhora na qualidade de imagem foi ainda mais desejada e querida pelos brasileiros.
Nova Renovação na Imprensa
Após a rápida consolidação da televisão no Brasil, mais uma vez a mídia impressa sofre um duro golpe. Entre 1940 e 1990, a produção e circulação de jornais diminuiu gradativamente.
Mesmo com essa grande ameaça os jornais não se tornaram uma mídia obsoleta, inovando na forma de trazer a notícia para a população, os jornais se adaptaram aos novos costumes do brasileiro.
Início e Inserção Digital
A Internet
A internet foi desenvolvida em 1969 através do projeto ARPANET da agência estadunidense Advanced Research and Projects Agency (ARPA), que tinha o intuito de estabelecer uma comunicação entre os computadores do seu departamento de pesquisa.
Foi estabelecido uma rede de comunicação entre quatro instituições: Universidade da Califórnia, LA e Santa Bárbara; Instituto de Pesquisa de Stanford e Universidade de Utah, ainda em 1969.
Durante mais de duas décadas a internet só foi utilizada em instituições acadêmicas. Apenas em 1993 ela foi disponibilizada para toda a população e comercializada à nível mundial.
Portais de Notícia e Redes Sociais
Com a rápida ascensão da internet, logo surgiram os primeiros portais de notícia e as primeiras redes sociais. Não demorou muito para se tornarem o principal meio de propagar informação para toda a população mundial.
Atualmente é o meio com maior influência em um mundo cada vez mais globalizado. Se tornou tão expressivo que já foi capaz de influenciar no resultado de uma eleição presidencial no país mais poderoso da terra.
Internet no Brasil
A internet já está presente em mais de 67% dos domicílios do país e a principal forma de acesso à internet do brasileiro é através do telefone celular.
No país a internet só perde para a televisão como principal meio de informação do brasileiro. Isso se deve ao fato de 97,2% das casas brasileiras possuírem ao menos um aparelho de televisão.